Como todo fotógrafo sabe (ou deveria saber), a pós-produção é parte fundamental do trabalho. É a etapa em que editamos as fotos que serão trabalhadas, fazemos os ajustes na exposição, contraste, enquadramento e cor e manipulamos as imperfeições para entregar o arquivo final para o cliente. Até se você não trata suas fotos, ao fotografar em RAW é necessário transformar a imagem em arquivos legíveis, e isso também é feito através de programas de edição.

Entre os softwares mais utilizados, o Lightroom e o Photoshop, da Adobe, se destacam. Mas afinal, qual deles é o mais eficiente? Qual é o melhor? Perguntamos para Rafael Luvizetto, fotógrafo e professor do curso de Tratamento de Imagem com Lightroom e Photoshop do IIF, quando e porque usar cada um deles.

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Quais as vantagens entre usar o Lightroom ou usar o Photoshop?

O Lightroom é um programa perfeito para fotógrafos, porque ele te ajuda na organização das fotos e no fluxo digital desde o início. Eu consigo pegar meu cartão de memoria e já importar as fotos para o programa, já fazer minha organização e acessar tanto as fotos do meu último trabalho quanto ver meu acervo inteiro.

E o melhor é que além de todo o fluxo de trabalho, organização e edição de fotos por filtros como estrelas, cores, visualizar as fotos pela lente usada, câmera, diafragma, etc., ele também tem uma parte de tratamento muito potente. Para muitas pessoas, dependendo da área de atuação, é possível trabalhar só com o Lightroom. Para quem faz mais eventos, com grande volume de trabalho, ou fotos mais naturais, é possível usar o Lightroom do início ao fim.

A única coisa que ele não tem é uma manipulação maior da fotografia, como o Photoshop. Para tratamentos mais avançados, teremos um resultado melhor no Photoshop.

Diferente do Lightroom, o Photoshop não te ajuda no fluxo de trabalho. É um programa de uma foto só, você vai tratar as fotos que tem interesse. Ele já é um programa muito mais avançado em questão de tratamento. Quando eu abro uma imagem no Photoshop, eu tenho uma possibilidade de manipulação muito maior. Consigo emagrecer uma pessoa, fundir imagens, alterar a estrutura da fotografia.

Então, quando eu devo utilizar cada um deles?

O que eu recomendo sempre é a junção dos dois.

O Lightroom tem a vantagem de fazer a edição, o fluxo de trabalho, então o que a gente conseguir melhorar no Lightroom a gente faz, e se precisar fazer algo mais avançado, a gente faz no Photoshop.
Quem trabalha com moda, retrato, publicidade, newborn, normalmente necessita do Photoshop, porque precisa de um tratamento maior para coisas que se tornam mais difícil no Lightroom.

Para fazer tratamento de pele no Lightroom, por exemplo, perdemos muita textura. Já no Photoshop, é possível suavizar a pele sem perder textura através de técnicas como a separação de frequências.

Quem trabalha com fotos artísticas também pode usar mais o Photoshop. Por exemplo, para juntar duas fotos na mesma e criar imagens com sobreposição, ou colorir fotografias antigas em preto e branco, alterar a cor, mudar objetos de posição.

E qual a sua conclusão?

O Lightroom é um programa que permite um controle maior do fluxo de trabalho para o fotógrafo, mas que tem limite no tratamento. O Photoshop é um programa que eu só vou utilizar quando preciso de uma manipulação mais avançada.

O ideal é a junção dos dois, o Photoshop e o Lightroom em conjunto. Resolvemos toda a parte de fluxo e tratamento básico no Lightroom, e quando precisamos de algo mais avançado, usamos o Photoshop para garantir um trabalho impecável, pronto para enviar para o cliente.

No dia 11 de novembro de 2019, o IIF dará início a mais um curso de Tratamento de Imagem com Lightroom e Photoshop do IIF. O curso é voltado para tratamento de imagens de Família, Retrato, Arquitetura, Eventos e áreas similares. São 30 horas de curso totalmente práticas, com aplicações dinâmicas das ferramentas e exercícios feitos em suas próprias imagens. Para mais informações, acesse o site do IIF.