// Workshop com Leitor – Aula Prática em Estúdio no IIF pela revista Digital Photographer Brasil

Enquanto participava de um Workshop no Tiradentes Foto em Pauta, o fotógrafo mineiro Mauro Figueiredo encontrou em sua caixa de e-mail um aviso do Editor chefe da revista Digital Photographer Brasil , Mario Amaya, que sua “cartinha” havia sido escolhida para que ele participasse da segunda edição  do Workshop com o Leitor sobre fotografia de Moda.

Após a realização do Workshop, que foi publicado na edição #17 da DBPR, Figueiredo, em seu Blog Olhar Paralaxe, relatou todas as suas considerações durante esta incrível experiência no IIF. Através do Link abaixo é possível conferir a edição completa na revista, com algumas das fotos capturadas por nosso “aluno-leitor”.

Digital Photographer Brasil – Workshop com Leitor – Aula Prática em Estúdio

Logo abaixo está postado parte do texto postado no blog do Mauro. Confira suas considerações e não se esqueça de se inscrever para participar da próxima edição! Candidate-se enviando um e-mail para [email protected].

Workshop com o leitor: IIF e Digital Photographer Brasil

O fotógrafo Danilo Russo me recebeu calorosamente. O Instituto Internacional de Fotografia estava pronto para o dia de workshop: modelos sendo maquiadas, assistentes e outros profissionais andando de um lado para o outro e resolvendo pequenos serviços. Eu estava esperando pelo Mario Amaya , para começar tudo, mas, o Danilo já foi pedindo o meu Flickr (desatualizado àquela época) e conversando sobre o que eu queria fazer e o que eu gostava de estudar, etc.

Danilo Russo fez um esquema que reunia importâncias e metas de um fotógrafo de moda. 1º Entender a Linguagem, 2º Formar a Equipe (Produção) e 3º Conhecer a técnica (Composição, fotometria, conteúdo, etc). Mais uma vez, em menos de cinco dias, eu ouvia de um fotógrafo renomado basicamente a mesma lição: a técnica é apenas um começo.

Depois de me indicar livros e revistas sobre o assunto, começamos a falar sobre os passos para seguir esse esquema acima. Farei uma versão pessoal de tudo que foi me passado. Acredito que se o leitor for observador, vai perceber que são dicas bem funcionais e que podem variar de acordo com a situação ou vivência.

Conhecer a linguagem:

É a etapa mais importante e difícil, um quesito em que se evolui constantemente, desde que você estude e fotografe com freqüência. Ao entrar em contato com toda literatura sobre moda, reconhecer esse conteúdo através de signos e sugestões. Por isso, não há muito o que falar. É apenas criar uma espécie de feeling ou método, o que pode variar de fotógrafo para fotógrafo, ao mesmo tempo em que conhecer de moda, história da moda e ter referências é importante, também é fundamental ter noção do público e das necessidades ou exigências do seu cliente.

Formar Equipe/ Produção:

A primeira coisa que se percebe no ambiente de trabalho é que nunca vamos ficar sozinhos! Sempre haverá algum tipo de equipe e para isso, um suporte. O cafezinho que estava em uma mesa bem-arrumada ali no cantinho não era apenas cortesia: iniciantes às vezes não conhecem a palavra catering. Às vezes, em um set de moda as pessoas estão tensas, com compromissos marcados em muitos lugares, ou ficam cansadas, ou sem inspiração. É muito justo oferecer um bom ambiente de trabalho. Se isso não tornar o trabalho melhor, ao menos fará a equipe se sentir confortável para tentar em uma próxima vez.

Conhecer bem os profissionais e entender a importância de suas funções é mais que obrigação do fotógrafo. Modelos, maquiadores, stylists, assistentes e todos os outros envolvidos (podem ser muitos) podem ensinar muito a você. Conversar com eles sobre seus objetivos é o requisito básico para um trabalho em equipe.

Conhecer a técnica

Não é tão “trivial” como comprar livros e ler. Existem muitas publicações sobre o assunto e elas vão te ajudar. Não conhecemos métodos “perfeitos” para conseguir uma boa foto, apenas possibilidades. O que vai definir uma foto como a melhor entre um grupo de várias é o equilíbrio entre as intenções dos profissionais envolvidos e aspectos como o cenário, o “conteúdo” que a foto evoca e as referências que encontramos ali. Acredito que a moda seja uma linguagem muito auto-referente, assim como a arte do século XX.

Dentro dos aspectos técnicos, que esbarram em todos os outros, esta a direção de modelos. Ele se relaciona com a sua própria forma de ver o mundo, a vontade do cliente, a técnica da modelo, a equipe, a tensão que existe entre fotógrafo e fotografado. Todos nós concordamos que isso é um ofício trabalhoso e foi neste aspecto que eu mais cometi equívocos durante a sessão de fotos (ainda mais porque fiquei bastante tímido no começo). Mas ok! Estava lá para ser corrigido mesmo.

Fotografando

Após me oferecer uma apostila do Intensivo em Fotografia de Moda do IIF e terminar uma aula sobre história da moda e conceitos gerais, Danilo me pediu para pegar a câmera e dar uma olhada no set montado.

As modelos estavam prontas. Mario Amaya chegou com sua bicicleta e as sessões começaram. Danilo mapeava o que cada look inspirava: Capa da Vogue, YSL, Terry Richardson, Jan Saudek. Eu escutava suas sugestões e observava Danilo fazer a direção. Após alguns cliques pude fazer minhas fotos. Confesso que era muito difícil sair do repertório de Danilo – uma vez que ele sabia bem o que queria e é um professor bastante experiente. Confrontar uma modelo e conseguir realizar algo – imprimir suas intenções e tal – é uma vivência difícil, mas fantástica. De tudo que eu já fiz na vida, fotografar moda se parece mais com a experiência cinematográfica.

Fazer isso em um ambiente didático (afinal não tínhamos um cliente) é muito mais confortável: acredite muito quando os mais experientes e mais consagrados dizem que é fundamental exercitar a fotografia trabalhando. Nada como a necessidade de fazer algo bem-feito para deixar qualquer profissional estimulado e até mesmo pressionado a dar o seu melhor.

Penso que meu maior equívoco nesse dia foi não ter imaginado o bastante, criado uma situação mental e ter apenas me entregado ao turbilhão do exercício manual. Justamente o oposto do que vivo contornando (sou uma pessoa muito cerebral, que imagina mais do que realiza).

E não é por acaso que conceber a imagem antes de realizá-la foi à melhor lição que tirei desse dia. O mundo já vive uma enxurrada de imagens e ruídos. Nada mais sério e necessário que sair desse universo “a esmo” e utilizar a intuição em um plano mais construtivo e intencional.

Agradecimentos:

Mario Amaya e toda a equipe responsável pela Digital Photographer Brasil – pela oportunidade incrível e por ler a minha cartinha! Leitores: não se esqueçam que tem mais workshops!

Ao Danilo Russo e todos do IIF – pela super aula e ótima hospitalidade, a paciência de ler meus textos e meu blog. Por me oferecer a chance de fotografar com a equipe selecionada pelo IIF e assim aprender bastante com eles.

Às modelos Aghata Fernandes e Caroline Jusviak (François models), ao assistente fotógrafo Daniel Avila, ao maquiador Anderson Clarido e ao Stylist Alessandro Lázaro por toda a cooperação, bom-humor e trabalho bem-feito.

Confira as minhas fotos no flickr: http://www.flickr.com/photos/maurofiga/

 

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