O surgimento do cinema e da televisão criou uma tensão entre essas mídias e a fotografia. Essa perdera espaço para as imagens em movimento.

Na fotografia, ficava registrado uma certa realidade, congelada para todo o sempre naquela instante e indissociável daquele momento. A imagem cinematográfica surge como uma oposição, trazendo mobilidade como possibilidade de representação. E isso, libertava a imagem do passado e a permitia existir no presente.

Essa ilusão e a exclusividade do cinema e da tv para retratar a passagem do tempo e o deslocamento espacial logo começaram a ser questionadas, por diversos artistas que passaram a confrontar a tal separação dessas mídias.

A exposição Imagem-Movimento, em cartaz desde o dia 29 de Novembro de 2016, explora a capacidade da fotografia transmitir tempo e movimento, colocando em cheque o estigma de imagem estática que a fotografia carrega. Aqui, os artistas desafiam a imobilidade das imagens, usando diversos temas, suportes ou técnicas.

Com obras de Ana Vitoria Mussi, André Penteado, Felipe Cama, Felipe Russo Graciela Sacco, Iris Helena, João Castilho, Katia Maciel, Patricia Gouvea e Ricardo Van Steen. Até 14 de Fevereiro, na Galeria Zipper. Mais informações aqui

– Por Vivian Kuppermann Marco Antonio