// Tecnologia transforma pinturas de Monet em fotografias

Arte impressionista é mais sobre sentir do que o realismo, mas você já se perguntou o que Monet exatamente viu quando pintou quadros como “Maré baixa em Varengeville” (acima)? Graças aos pesquisadores da UC Berkeley, você não precisa mais ir até a Normandia para verificar. Usando uma nova técnica de transferência de estilo de imagem, eles conseguiram converter as pinturas impressionistas do artista em fotos com um estilo bem realístico – exatamente o oposto que aplicativos como o Prisma fazem.

Essa técnica de transferência de estilo vem ganhando bastante espaço com esses aplicativos, e principalmente depois que a Adobe lançou, recentemente, um aplicativo para permite ao usuário aplicar estilo diversos em suas fotos. Mas até o momento, só era possível transformar uma foto comum em pinturas do estilo de Monet, Van Gogh, Cezanne, entre outros artistas.

Os pesquisadores da UC Berkely foram na direção oposta. E além de transformarem em fotos as pinturas, conseguiram modificar imagens do parque de Yosemite, nos EUA, durante o inverno em fotos com cenários de verão. Também transformaram maçãs em laranjas e fizeram cavalos virarem zebras!

A técnicas ainda permitiu aos pesquisadores fazer alguns pequenos truques fotográficos como criar e modificar a profundidade de campo de fotografias já tiradas.

A parte mais interessante dessa história toda é que os cientistas usam o que eles chamam de “dados não-pareados”, ou seja, eles não têm a fotografia da cena que foi pintada por Monet. Ele usam o conhecimento prévio do conjunto de obras feitas pelo artista e possuem um banco de dados com fotos de paisagens. A partir disso, conseguem imaginar como é aquela cena de verdade e usar alguns algoritmos para criá-la. É um processo bem complicado, por sinal.

Primeiro, os especialistas têm que identificar uma relação entre os estilos similares de um jeito que o equipamento reconheça. Assim eles testam um grande número de fotos (do Flickr e outras fontes) e aos poucos refinam os ajustes, fazendo testes de qualidade com máquinas e pessoas.

E obviamente, todo esse processo não é perfeito. Os algoritmos usados encontram muitos estilos diferentes  nas diversas fotos e pinturas. Assim, eles falham na hora de completar a transferência de um estilo para outro. O principal obstáculo são as transformações geométricas – transformar uma maçã em uma laranja é uma coisa, agora querer transformar um gato em um cachorro gera, na verdade, um gato bastante assustador.

Os cientistas admitem que ainda muita coisa precisa melhorar e que esse método ainda não é melhor do que usar os dados pareados – ter as fotografias dos locais que foram pintados. De qualquer maneira, é uma novidade que vem sendo aperfeiçoada e tem chamado bastante atenção por aí.

Se você quiser tentar e ver como isso funciona, os pesquisadores disponibilizaram o código aqui. Só para linux, no entanto.

Via: Engadget 

 

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