Danilo Russo lança guia completo sobre Iluminação na Fotografia em palestra ao vivo
O domínio da iluminação na fotografia é algo que não acontece do dia para...
Em 2004, o fotógrafo Ricardo Hantzschel conheceu as belgas Christine Felten e Véronique Massinger durante a 26º Bienal Internacional de São Paulo. O trabalho das artistas era formado por enormes fotografias coloridas (3×1,5m) captadas com um trailer adaptado como câmera pinhole. Antes de deixarem o país, as duas fizeram questão de deixar o referido trailer com Ricardo, com a intenção de mantê-lo ativo no meio fotográfico.
Com experiência no ensino da fotografia, Hantzschel percebeu a oportunidade que se abria e investiu no trailer. O veículo foi reformado e adaptado para se tornar uma câmara obscura gigante e um laboratório tradicional preto-e-branco que poderia ser levado a qualquer lugar. Assim surgiu o projeto Cidade Invertida.
Reunindo fotógrafos, educadores e artistas, o projeto vem, desde 2006, elaborando ações culturais relacionados à imagem a fim de torná-la uma ferramenta propulsora de cultura, conhecimento e cidadania. O trailer, símbolo de referência, imprime ao projeto um caráter itinerante. Já foram cerca de 30.000 km rodados por todo o país, levando a fotografia para os mais variados tipos de público. Através de jogos visuais, aparatos ópticos, câmeras pinhole, câmeras descartáveis, câmeras de celulares e processos históricos, a ideia é desmistificar a imagem e mobilizar o público para um olhar criativo e consciente.
Com o tempo, o Cidade Invertida expandiu sua área de atuação, vencendo prêmios e editais de incentivo municipais, estaduais e federais, que contribuíram no atendimento de centenas de pessoas de todas as idades e situação sócio-cultural, nas pesquisas conceituais e estéticas, e na capacitação de professores, dentro e fora do projeto. E hoje, possui uma sede física, um espaço de formação, pesquisa e acompanhamento de projetos autorais, localizada na Vila Madalena, em São Paulo, onde oferece cursos, palestras e workshops.
10 ANOS DE PROJETO
Em 2017, o Cidade Invertida completou 10 anos de atuação. E para celebrar o feito, o projeto promoveu, desde Abril (e até Novembro), o 1º Ciclo de Palestras e Workshops que traz artistas que reaproveitam fotografias ou as usam como princípio para suas investigações, sejam elas estéticas, conceituais e/ou educacionais. Os primeiros encontros contaram com a presença de Dirceu Maués, Eustáquio Neves e Rubens Matuck. Na quinta-feira (20), a sede recebeu Miguel Chikaoka, fotógrafo e educador, para uma palestra: FOTOTAXIA – EM BUSCA DO ELO PERDIDO. Ele contou um pouco sobre seu processo de trabalho, com relatos de experiências sobre a construção de percursos educativos pautados em abordagens que constituem a gênese do mundo das imagens. A palestra é gratuita e aconteceu na sede do projeto, das 19:30 às 21:00. E nos dias 21 e 22, Miguel ministrou um workshop lá, para propiciar aos participantes uma vivência permeada por práticas e reflexões articuladas com base na abordagem de conhecimentos que constituem a gênese do processo fotográfico.
Veja a programação de cursos AQUI.
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