A transição de uma pose para outra é um dentre os vários temas que despertam dúvidas nos fotógrafos newborn: como fazer a mudança sem acordar, nem prejudicar o bebê? Quem responde à pergunta é ninguém menos do que Stephanie Robin, protagonista da fotografia newborn internacional.

A fotógrafa canadense, que atende em Burlington (Ontario, Canadá), foi uma das precursoras da fotografia de recém-nascidos. Começou em 2008, e desde então fotografou milhares de bebês, teve seu trabalho reconhecido em diversas publicações e foi eleita fotógrafa do ano pela National Association of Professional Child Photographers em 2011, além de conseguir dividir o seu conhecimento através de palestras e workshops pelo mundo.

Mas, diferente de seus colegas que estavam começando na mesma época, Stephanie não teve que se debulhar sobre a fisionomia dos bebês: sua experiência prévia como fisioterapeuta foi, desde cedo, um diferencial que possibilitou o desenvolvimento de técnicas de transição de poses com segurança. “As transições são incrivelmente importantes no seu trabalho porque elas permitem que você otimize o tempo de sono do bebê e apresente uma galeria de fotos variadas sem incomodá-lo, e sem prolongar o tempo da sessão”, conta Stephanie, em entrevista exclusiva ao IIF.

“Como fisioterapeuta, eu desenvolvi algumas técnicas de transição através do meu conhecimento teórico sobre as limitações das articulações dos bebês, além da prática dos primeiros anos da minha carreira”, diz. Todo esse conhecimento anterior à carreira de fotógrafa, além dos anos de prática na fotografia newborn, permitiram que Stephanie fosse reconhecida por outros fotógrafos pelas poses aliadas ao seu estilo clean, natural e clássico, que ela mesma define como “atemporal”.

Novo X Clássico

Mesmo ousando na montagem de poses, Stephanie conta que o trabalho que ela apresenta aos seus clientes tende muito mais para o clássico: “O meu estilo de aula é bem diferente do que o que apresento para os meus clientes porque os estudantes querem aprender a variar o seu trabalho com montagens e fazer poses que estão mais ‘na moda’”, diz.

Ela acredita que essa variação é essencial para fazer uma fotografia mais diversa e menos estagnada, e que a habilidade possibilita que o fotógrafo apresente um material variado para o cliente em uma sessão não muito longa. Ainda assim, no seu cotidiano profissional, sente-se atraída por imagens mais emotivas, com ênfase nas composições com texturas e expressando os laços da família.

Stephanie no Brasil

Em sua sétima visita ao Brasil, Stephanie participou do Newborn Photo Conference, que ocorreu entre os dias 20 e 22 de abril de 2015. “Estou ansiosa para ser acolhida por amigos, pão de queijo, guaraná, brigadeiro e uma chance de sair para comprar sapatos!”, exclama Stephanie, que já se sente confortável em terras tupiniquins.

Ao acompanhar a evolução do nosso mercado, deixa uma dica: “Participem de workshops com profissionais com muita experiência em trabalhar com recém-nascidos, que tenham uma boa base em fisiologia e segurança dos bebês. É essencial ter um treinamento profissional antes de trabalhar com esses seres tão delicados, para que você seja capaz de conduzir sua sessão sem stress e sem machucar o bebê. Além disso, tenha certeza que você fotografa com paixão e curiosidade ao invés de seguir uma tendência do que é popular ou do que é esperado do seu trabalho”.

Stephanie palestrou no 5º Newborn Photo Conference sobre suas técnicas de transição de poses. Além dela, participaram grandes fotógrafos nacionais e internacionais, como Ana Brandt, Simone Silvério, Carla Durante, Estúdio Digachis e muito mais.

Para saber mais sobre o evento e ter informações da próxima edição, acesse aqui o site do congresso.