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Ao entrar na galeria 2 do prédio do Instituto Moreira Salles, na Avenida Paulista, é possível fazer uma viagem de volta às origens do Brasil. Ao longo de dois andares do IMS, fotografias, vídeos e documentos apresentam a comunidade Yanomami através do olhar da fotógrafa Claudia Andujar, ativista suíça naturalizada brasileira que dedicou seu trabalho em defesa da comunidade indígena.
Filha de pai judeu, Claudia precisou fugir da Europa durante a Segunda Guerra Mundial com a mãe, encontrando refúgio nos Estados Unidos, onde aprendeu a fotografar. Ela chegou ao Brasil em 1955, trazendo a linguagem fotográfica como meio de se comunicar em um país o qual não dominava a língua. Influenciada pelo antropólogo e amigo Darcy Ribeiro, a fotógrafa se aproximou das primeiras comunidades indígenas ainda na década de 1950. Em 1971, começa o trabalho no qual se dedicaria pelos anos seguintes, ao lado da comunidade Yanomami.
Em fotografias que resgatam a história, os costumes e a magia dos Yanomami, Andujar produziu um acervo de mais de 40 mil imagens, até ser expulsa do território indígena pela Funai em 1978, durante a ditadura militar. Sua obra, construída ao longo de anos ao lado dos Yanomami, apresenta a cultura do grupo indígena em detalhes, expondo sua luta pela sobrevivência em meio ao extermínio sofrido pelos povos nativos durante o século XX.
Ao longo de dois andares do IMS Paulista, a exposição Claudia Andujar – A luta Yanomami conta com aproximadamente 300 imagens, uma instalação, livros e documentos que apresentam a trajetória da ativista, e permaneceu em cartaz até o dia 7 de abril, de terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 10h às 20h e às quintas-feiras, (exceto feriados), das 10h às 22h. A entrada é gratuita.
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