Danilo Russo lança guia completo sobre Iluminação na Fotografia em palestra ao vivo
O domínio da iluminação na fotografia é algo que não acontece do dia para...
Nos dias 23 e 24 de julho acontecerá aqui no IIF um curso novo, especialmente voltado para aperfeiçoamento de quem trabalha com eventos sociais, mais especificamente com casamentos.
Aqui na escola nós já sabíamos que essa é a área da fotografia que mais absorve o novos profissionais, nossa experiência confirma isso: muitos dos nossos alunos do capacitação profissional acabam seguindo por esse caminho. O que a gente não sabia é o quanto essa área cresce e é aberta para novos produtos e abordagens diferentes. Uma conversa com o professor Willians Moraes, especialista em eventos sociais aqui do IIF, esclareceu algumas dúvidas a respeito dos dois ensaios que serão praticados durante o Workshop. Veja na íntegra:
Lila Souza: O que é um ensaio “Save the Date”?
Willians Moraes: É um ensaio que acontece antes do casamento – de 45 dias a um mês aproximadamente e atende algumas necessidades:
LS: A gente pode dizer que no pré-evento ele funciona como divulgação, pra lembrar os convidados de situações importantes como a confirmação da presença?
WM: Essa é uma das razões do Save The Date. Os convidados recebem o convite com uma janela de 90-60 dias da data do casamento e é comum deixarem passar a confirmação de presença, por exemplo. Um e-mail ou mesmo um postal de lembrete é uma maneira polida, educada e divertida de lembrá-los desse compromisso.
Durante o casamento essas fotos podem servir para elaboração de projeções, retrospectivas e até pequenos detalhes de decoração e no pós-evento como agradecimento mesmo, um postal eletrônico acompanhado de uma mensagem dizendo o quanto foi bacana poder compartilhar esse momento com as pessoas que são importantes, por exemplo.
LS: E o Trash the Dress, de onde surgiu, a que veio, enfim, qual é a função?
WM: Existe muita confusão aí, as pessoas não sabem muita coisa sobre esse ensaio, acham que é só um “destruir o vestido”, mas não é bem assim. Uma característica padrão é que é um ensaio produzido depois do casamento e marca um aniversário: de um mês, de um ano ou até mais. Não necessariamente o destruir o vestido é seguido à risca. É um ensaio mais comercial, desvinculado emotivamente com o evento em si e com toda a tradição envolvida nele. É um ensaio mais plástico, com maior apelo estético onde o casal se permite algumas coisas que não são comumente aceitas no rito.
LS: Entendo. No evento em si existem muitos “quereres”: tem o que os noivos querem, mas tem também o que os pais sonharam, o que os amigos e convidados esperam, o que a sociedade entende de um casamento. E o rito é o mesmo há milhares de anos. O Trash The Dress é algo que permite trazer um pouco da personalidade dos noivos pra marcar esse dia tão especial pra eles.
WM: Isso mesmo, o casamento é quase um teatro: mudam os personagens mas o roteiro, o figurino são sempre os mesmos (com pequenas variações, obviamente). Mas a noiva é uma personagem, o noivo também. E todo mundo sabe o que esperar do rito: entrada, troca de alianças, beijo, cortejo de saída. É tudo lindo, muito bacana e tem gente que não sente a necessidade de mais nada. Mas tem aqueles casais que cumprem todos os ritos mais tradicionais e depois sentem a necessidade de fazer algo que tenha mais a cara deles. O Trash the dress permite isso, ele conecta o que tradicionalmente seria inconectável, permite maior mobilidade para transitar fora dos clichês padrões.
LS: E quais são as principais dificuldades encontradas pelo fotógrafo que decide fazer esse tipo de ensaio?
WM: Já antecipando um pouquinho do que eu vou falar no WS Ensaio de Noivos?
LS: Isso!
WM: A meu ver a primeira grande dificuldade é saber identificar a necessidade, o real desejo do casal. Porque até dentro do Trash the dress já existem clichês. As vezes o casal vê o ensaio de amigos que foi realizado em uma oficina mecânica e chegam a nós com essa referência (da oficina), mas a comunicam como um desejo. Eles acharam o ensaio bonito, querem alguma coisa do tipo mas a gente precisa saber entender se a oficina é realmente um desejo desse casal ou se eles estão um pouco perdidos quanto a isso. Esse cenário pode fazer todo o sentido do mundo para o casal de amigos que foi fotografado lá e nenhum para os seus clientes. Pegar esse desejo e conectá-lo com a história do casal é o primeiro desafio. Caso contrário, se a gente vai na onda e faz o que eles nos sugeriram, corremos o risco de não atingirmos um grau de satisfação bacana.
A segunda dificuldade é a direção, como trabalhar a direção dos noivos dentro das características da locação. São essas e outras coisas que eu vou compartilhar com os alunos no workshop.
* Willians Moraes concedeu a entrevista à Lila Souza. Mais sobre os dois profissionais você pode encontrar na página de professores aqui no site do IIF.
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